terça-feira, 27 de maio de 2025

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Caixa de Areia do Gato


Até ao final do mês ide lá comemorar 10 anos d'O Gato Mariano, o desbocado gato hipster-tuga! Parabéns ao Tiago da Bernarda que pariu este felino!

sábado, 24 de maio de 2025

ccc@miragem


Nos dias 24 e 25 de maio, na Biblioteca de Marvila, ocorrerá a primeira edição do Miragem — Encontros de BD e Publicação Independente.

O evento contará com uma programação eclética para públicos novos e habituais — por isso tragam amigos e família, haverá de tudo para todos!

Durante estes encontros poderão visitar a zona de leitura (um local para se ler BD e zines, individualmente ou em modo coletivo) e a Feira de Artistas e Editoras, com cerca de 30 mesas cheias de autoedição.

Sábado inaugurará a exposição Ponto Ponto Ponto, com curadoria de Rita Mota, e que ficará patente até 7 de Junho.

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A organização é d’A Goteira, colectivo fresquinho do Porto que organizou a antologia QEQTPQE?? – e não só!

Foram avisados do evento de BD mais cool deste ano!!

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Haverá muita coisa para descobrir por lá e pouco a pouco iremos fazendo aqui os "highlights" da coisa, para já avisamos que haverá uma conversa no Domingo, dia 25 de Maio, entre as 12h e 13h, sobre apoios, bolsas e financiamentos, intitulada Sair da Gaveta – Apoios, Bolsas e Financiamentos com Joana Mosi (artista de BD), Marcos Farrajota (Chili Com Carne) e Bruno Eiras (DGLAB), moderada por biakosta e com a seguinte sinopse:

O que é preciso para publicar BD (um formato geralmente considerado nicho) em Portugal (um país também um bocado nicho)? Quais os apoios à criação e à produção que existem, se é que existem? Quais são os caminhos mais comuns desde o manuscrito até à publicação em território nacional? Ou será que as melhores opções para autores à procura de se lançarem se encontram lá fora, em apoios europeus ou programas de residências nas “capitais” mais consensuais da BD? Nesta conversa tentaremos fazer o inventário da oferta de iniciativas e recursos disponíveis, comparar percursos e experiências, e responder a perguntas de um público interessado em tirar os seus projetos de dentro da gaveta.

 

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Haverão exposições, sendo que estamos muito curiosos em saber o que sairá do Ponto Ponto Ponto que inclui artistas como André Lemos, André Pereira, Cátia Serrão, Daniel Lima, Gonçalo Duarte, Hetamoé, Mao, Matilde Basto, Sara Boiça, Tiago Baptista,...
 



  

Mas o MAIS importante serão as performances de Ana Margarida Matos (com Rodolfo Sobral), Luís Barreto (e Bugs), Mariana Pita e Rudolfo (Gekiga Warlord) que irão revolucionar o conceito de estar num festival de BD - não, não será aquela cagada dos "concertos desenhados" que são sempre uma seca do caralho e nunca tem sincronia com nada, com o pobre diabo do artista gráfico que fica a rabiscar enquanto os outros, os músicos, se divertem em palco!

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Punk Days



Dois livros novos da Chili Com Carne com temática Punk: 

- Dias-a-fio de Alexandre Piçarra é o trabalho vencedor do concurso Toma lá 500 paus e faz uma BD do ano passado! Ou se preferirem, Dias-a-fio é uma corrente de episódios em que várias personagens são expostas a situações que fragmentam a sua dimensão emotiva. O cenário é Lisboa entre os anos 90 e 2010 e os acontecimentos são sombras de realidades vividas, que representam as fendas na estrutura do sistema social português, que deixa emergir o julgamento, crueldade, culpa, castigo e humilhação como danos colaterais. Eis uma galeria de putos, chungas, betinhos, punks, bófia e muito tabaco. O lançamento foi feito em Abril passado na Tinta nos Nervos com a presença do autor, Marcos Farrajota (editor) e José Smith Vargas (autor), acompanhada por uma mostra de originais.

- Corta-e-Cola : Discos e Histórias do Punk em Portugal (1978-1998) de Afonso Cortez seguido de Punk Comix : Banda Desenhada e Punk em Portugal de Marcos Farrajota, é na realidade uma reedição do famoso livro de 2017. Rectificado, emendado e com posfácios a actualizar meia-dúzia de coisas, esta reedição não tem o CD Punk Comix nem tem o formato de "split" ou livro-duplo. Tem uma capa nova feita pela malta do Disgraça justamente porque a decisão de reeditar este livro é para que os seus lucros revertam totalmente para este espaço. Para quem não saiba o Disgraça encontra-se numa jornada épica para comprar o espaço onde se encontram, para que um dia destes não sejam expulsos desta Lisboa toda fodida pela especulação imobiliária, hipocrisia política e ganância dos seus cidadãos-proprietários. O livro chega esta Sexta-Feira e prá semana haveremos de o lançar! Dia 1 de JUNHO no DISGRAÇA!! (claro)

sábado, 17 de maio de 2025

ccc@feira.do.livro.de.arte.2025


 Já é uma tradição... 

17 de Maio das 14h - 20h e 18 de Maio das 14h às 19h no Pátio do Centro de Artes Visuais

Maldito Aquele Lugar no JL



M.A.L.

de 

Rodolfo Mariano

 

é o 20º volume da Mercantologia, colecção dedicada à reedição de material perdido no mundo dos fanzines.

M.A.L. é uma série de banda desenhada que foi desenvolvida durante o Verão de 2019 através de um exercício criativo de produção diário e respectiva publicação em lightninrods.tumblr.com. Entre 2019 e 2021 foram impressos três números da série em formato fanzine. Encontra-se aqui uma selecção das melhores bandas desenhadas da série.

Foram impressos 500 exemplares, 80p 16,5x23cm p/b, capa dura em geltex 

já está disponível na nossa loja em linha e na Almedina, BdMania, Cult, Kingpin, Linha de Sombra, Matéria Prima, Snob, SocorroSTET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Velhotes, Vida PortuguesaMundo Fantasma e ZDB. Brevemente na Eventual (Espanha).

 


 

Rodolfo Mariano é um dos artistas mais produtivos na actual BD portuguesa - quem desconfiar que pegue na máquina do tempo e vá visitar a suas exposições retrospectivas no Festival de Beja em 2022 ou a Horror Vacui - gastará menos gasosa espácio-temporal porque foi só em Fevereiro de 2024, ufa! Uma afirmação destas pode dizer nada ou tanto como o Maior Colecionador de Guitarras da Tâsmânia, claro, mas será cego quem não tem acompanhado o seu trabalho e reparado nos saltos qualitativos cada vez que aparece uma nova produção sua. E mais! Eis um autor que tem mil mundos lá dentro dele para nos contar "coisas". É raro ver um só indivíduo que desenha de puta madre e ainda tem "cenas" para dizer! Ainda por cima diz tanto numa única página!! Acreditem, amiguinhos da Chili, cada página de Maldito Aquele Lugar é um Haiku perfeito. Ou uma bomba de ansiedade. Ou um gatilho para um Fantasia. Ou um Sonho capturado de outro ser noutra dimensão. Ou... 

Para apaixonados da Krazy Kat, do Heavy Metal, da Interzona, dos Fofinhos da Mariana Pita, da vida pós-boémia e do Capeta. Nada dura para sempre.



Sinopse:  

Há um lugar no Necroverso onde o Tempo parece não avançar nem recuar. Entre a ascensão e a queda do Sarcoliberalismo Galáctico, a vida vivida aos soluços em retrospectiva parecia não ter sido assim tão má. Não fora essa mesma vida tão desesperantemente longa e desencantada pelos efeitos soporíferos de um feitiço despótico ritualizado em segredo pelos Necroeconomantes da Maldade Eterna ao longo de incontáveis eras. M.A.L. ou Maldito Aquele Lugar situa-se nas entrelinhas das histórias aos quadradinhos passadas na Terra Intermédia, território diegético entre os paraversos Cemitéria e Vomitória.




Rodolfo Mariano (1981; Coimbra) artista visual independente, músico de rua improvisador de paisagens montanhosas subaquáticas, contador de histórias estranhas em quadradinhos, criador editor de livros efémeros e entusiasta de pequenas movidas paralelas esquisitas. Autor de Bottoms Up, participante assíduo na revista Pentângulo e do jornal Carne para Canhão, professor ocasional na escola Ar.Co. e colaborador regular das antologias da Chili Com Carne. Vive e trabalha entre Lisboa e Coimbra ao leme do barco fantasma perpetuamente encalhado em terra de ninguém, o atelier ABRACADABRA.


 Livros disponíveis:

Bottoms Up (Chili Com Carne; 2020) - vendedor do concurso "Toma lá 500 paus e faz uma BD" 2020

(antologias:)

Conger Conger Comix (co-editado com Agenda Yuzin; 2022)

Massa Crítica (2024)

Pentângulo #2, 3, 4, 5 (co-editadas com escola Ar.Co.; 2018-2025)



HISTORIAL

Lançado oficialmente dia 22 de Fevereiro no Vortex, Lisboa com conversa com o autor e DJing com Eyes of Madness e Katyusha

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 FEEDBACK


o M.A.L. é como se, de repente, o Elden Ring fosse adaptado para uma espécie de sitcom existencialista em banda desenhada.

F.C. por email

 

(...) notável universo onírico (...)

Jornal de Letras

 

 

 

O livro "todo público" da Chili Com Carne: "Bottoms Up" de Rodolfo Mariano - Vencedor dos 500 Paus 2020 / Na It's a Book



Bottoms Up 

de


- obra vencedora do concurso interno Toma Lá 500 Paus e Faz uma BD! de 2020 - 


64p. a cores 18x24,5cm 
500 exemplares


à venda na nossa loja em linha e na BdMania, Kingpin, It's a Book, Linha de Sombra, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Fábrica Features, Vida Portuguesa, Universal Tongue e ZDB. E na Libraria Paz (Galiza)


Sinopse: Depois de uma longa viagem, o Simão chega finalmente à grande cidade cheio de sonhos e motivação para vencer na sua nova vida. Apesar do transtorno de ansiedade generalizada e introversão natural de que padece, o Simão depressa conquista o coração de alguns amigos e amigas que o vão acompanhar numa aventura improvável de desfechos imprevisíveis.







Historial:

Lançado oficialmente e virtualmente na Tinta nos Nervos, 31 de Outubro 2020 com conversa com Pedro Moura
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Exposição Horror Vacui no espaço/ciclo WC/BD, em Lisboa, durante o mês de Fevereiro 2024
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E para quem não percebeu o objecto:







FEEDBACK

o livro do Rodolfo Mariano só têm um problema, um gajo fica a pedir por mais, não me importava nada que tivesse 600 páginas.
David Campos (via email)
 
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Obra seleccionada na Bedeteca Ideal

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Entrevista no H-alt entretanto publicado em livro de tiragem de 30 exemplares (!) Outras perspectivas (Ass. Tentáculo; 2023)

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Não é bem uma fábula do género rato do campo / rato da cidade, à La Fontaine que Rodolfo Mariano, (...) nos apresenta neste intrigante (...) Chegado da aldeia, transportado por um atrelado cigano ou circense puxado por uma espécie de muflões de aspecto satânico, o rato Simão apeia-se no limiar da grande cidade. Por bagagem, uma mochila sem fundo acomoda um velho mapa, meias de cada nação entre uma parafernália de objectos úteis e inúteis, e ainda um livro mágico sobre “naves especiais”. Dirigindo-se à cidade, procura a chave que possibilite a libertação de um amigo, prisioneiro do Inquisidor-Mor. Uma mélroa de nome Cassandra ou o fantasma da raposa vegetariana Annalisa, contracenam com Simão, no meio de bandidos, carrascos, guardas, comerciantes e mortos-vivos que povoam uma urbe que poderia vir descrita num livro de Tolkien. Caso invulgar nos quadradinhos nacionais, o estilo de Rodolfo Mariano já foi comparado com o do australiano Simon Hanselmann; o francês Lewis Trondheim é também um nome que aqui nos parece ecoar. Elogio da amizade e denúncia do poder (...) Mariano tem uma apetência pelo imaginário fantástico pulp, que utiliza para falar de coisas sérias, e o antroporfismo revela-se uma esplêndida opção.

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(...) onde se reconhecem a obra de Tolkien, Dungeons and Dragons, a mitologia grega, Rimbaud ou Fernando Pessoa. Mariano recolhe todas essas referências e foca-se na construção da sua história, acompanhando a chegada à grande cidade de um rato, Simão (...) A cidade mudará Simão, porque é isso que os espaços fazem quando nos deslocamos por eles (...)
Sara Figueiredo Costa in Splaft!

terça-feira, 13 de maio de 2025

Será a caneta mais poderosa do que a espada?


 

A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas a este desafio em Banda Desenhada por uma série de artistas. 

Este mês cabe a Rui Moura (Barcelos; 1994), autor de eye18 com os Krypto e designer do Carne para Canhão!

sexta-feira, 9 de maio de 2025

ccc@analogica.2025

Iremos com uma selecção dos nossos títulos de música ou sobre música ou com música,...
 

domingo, 4 de maio de 2025

1 livro 1 disco 1 zine (5)

 


Não é o primeiro livro e se calhar não vai ser o último que a 50 Watts edita sob o desígnio Anthropmorphic Japan com a colaboração do Samplerman numa dúzia de colagens psicadélicas como só ele saber fazer. Estes livros reúnem imagens de forma temática sacadas até aos anos 60 (por causa de Direitos de Autor suponho eu) numa verdadeira orgia em que percebemos porque o "Ocidente" realmente abriu e abre ainda a boca à cultura gráfica japonesa, ao ponto de terem influencido as vanguardas artísticas europeias no século XX e a miudagem no século XXI. Este volume que consegui é um especial sobre sapos, The Frogs (2024). É raro eu comprar um livro que seja só gráfico mas é impossível não ficar atraído pelas cores, imaginário e impressão (entretanto com uma patine de vintage em cima), enfim, toda uma qualidade de tirar o fôlego. Os batráquios ainda são misturados pelo Samplerman que sempre acrescenta uma contemporaneidade à coisa. Em Portugal creio que o livro pode ser pedido aqui.

Até o último dos moicanos se rende à merda do "intagrana" e é por isso não tenho uma imagem para vos mostrar do terceiro volume de Fosso (Imprensa Canalha; 2025) de José Feitor. A5 e capa em serigrafia, avança com grande pinta por um discurso desbragado contestatário antisistema que tem algo de louco de Art Brut senão soubesse que o Feitor tem canudo e os funcionalismos todos para pagar os seus impostos e coimas. No fundo há algo de crise da meia-idade em que se quer mandar tudo para o caralho mas falta a crença. "Renovado exercício de militância redundante" escreve na ficha técnica o autoconsciente autor/editor. Que seja exercício e redundante, agora que toda a animália e calhaus do poder estão em alta. Puro deslumbre gráfico, a gente paga por isto!


Animais mesmo são estes tais de DJ Divinal e MC Primitivo que se estreiam com a k7 Destino Hipérborea (Rasga + Rotten \ Fresh; 2025)! Animais niilistas que sabem da sua impotência para mudar o mundinho e preferem estrategicamente acelerar, ir em frente com força para bater contra o muro, espatifando tudo. Ficarão os restos mortais. Devia ser Favela Funk mas facilmente estes boémios entram em Gabber, glitch, fake samples, noise pobreta, electro-metal onde Death Grips largou as botas, tudo num estilo cartoon que será acusado de apropriação cultural e o catano pelo woke-nation. Quisifodam, está aqui mais um passo à frente para o abismo da Humanidade nem que seja porque faz iconoclastia do Tintin!