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v/a: "Antologia de Música Electrónica Portuguesa" (CD'04; Plancton Music)
Outra surpresa da Feira Laica, na sua componente da MAIOR feira de zines e edição independente, foi a tomada de existência da editora Plancton Music - que existe desde 2002. Apenas com três CD's editados prova a sua existência com um programa de reedição de música electrónica produzida em Portugal. O seu primeiro CD reeditou Música de Baixa Fidelidade de António Ferreira, originalmente pela Ama Romanta (1988), seguido de um CD (inédito?) de Jorge Lima Barreto e em 2004 esta antologia que reúne trabalhos entre 1972 e 1997 de criadores portugueses no campo da electrónica.
Dirigido por Rafael Toral (ele próprio incluído na Antologia, a solo e como integrante dos No Noise Reduction), este escolheu peças de Jorge Peixinho (1940-1995), Cândido Lima, Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Isabel Soveral, Filipe Pires, Telectu, Carlos Zíngaro, António Ferreira, Nuno Canavarro, João Pedro Oliveira, René Bertholo, Nuno Rebelo e Anar Band. Toral afirma no texto da brochura do CD: «O meu objectivo foi o de tecer um fio histórico que ultrapasse livremente fronteiras entre os territórios culturais dos autores e documentar a maior diversidade possível de abordagens à electrónica, tanto a nível material como conceptual. É um trabalho que abordei numa perspectiva artística e pessoal. Ou seja, a antologia será uma obra em si, e as relações entre as peças representadas no disco regidas por valores musicais e não cronológicos ou outros. Quis também lançar sobre cada autor um olhar possivelmente surpreendente, tentando sempre escapar à imagem-tipo de cada um, evocando ainda subtilmente a dimensão lúdica dos processos criativos. Os excertos escolhidos foram-no pela sua importância musical e pela relevância na história (colectiva e/ou pessoal). Com esta abordagem, porém, não quis nem pôde a presente antologia ser exaustiva ou completa».
Música dura de se ouvir, tal é o ruído gerado pela maquinaria (alguma criada pelos próprios autores, como é o caso de René Bertholo), muitas vezes quase que monossilábica, provocadora de ambientes pesados e pouco lúdicos - duvido que até qualquer fitoplâncton, bacterioplâncton ou zooplâncton terá vontade de ouvir isto mais que uma vez. Um documento importante para um país que precisa de se ouvir.
Outra surpresa da Feira Laica, na sua componente da MAIOR feira de zines e edição independente, foi a tomada de existência da editora Plancton Music - que existe desde 2002. Apenas com três CD's editados prova a sua existência com um programa de reedição de música electrónica produzida em Portugal. O seu primeiro CD reeditou Música de Baixa Fidelidade de António Ferreira, originalmente pela Ama Romanta (1988), seguido de um CD (inédito?) de Jorge Lima Barreto e em 2004 esta antologia que reúne trabalhos entre 1972 e 1997 de criadores portugueses no campo da electrónica.
Dirigido por Rafael Toral (ele próprio incluído na Antologia, a solo e como integrante dos No Noise Reduction), este escolheu peças de Jorge Peixinho (1940-1995), Cândido Lima, Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Isabel Soveral, Filipe Pires, Telectu, Carlos Zíngaro, António Ferreira, Nuno Canavarro, João Pedro Oliveira, René Bertholo, Nuno Rebelo e Anar Band. Toral afirma no texto da brochura do CD: «O meu objectivo foi o de tecer um fio histórico que ultrapasse livremente fronteiras entre os territórios culturais dos autores e documentar a maior diversidade possível de abordagens à electrónica, tanto a nível material como conceptual. É um trabalho que abordei numa perspectiva artística e pessoal. Ou seja, a antologia será uma obra em si, e as relações entre as peças representadas no disco regidas por valores musicais e não cronológicos ou outros. Quis também lançar sobre cada autor um olhar possivelmente surpreendente, tentando sempre escapar à imagem-tipo de cada um, evocando ainda subtilmente a dimensão lúdica dos processos criativos. Os excertos escolhidos foram-no pela sua importância musical e pela relevância na história (colectiva e/ou pessoal). Com esta abordagem, porém, não quis nem pôde a presente antologia ser exaustiva ou completa».
Música dura de se ouvir, tal é o ruído gerado pela maquinaria (alguma criada pelos próprios autores, como é o caso de René Bertholo), muitas vezes quase que monossilábica, provocadora de ambientes pesados e pouco lúdicos - duvido que até qualquer fitoplâncton, bacterioplâncton ou zooplâncton terá vontade de ouvir isto mais que uma vez. Um documento importante para um país que precisa de se ouvir.
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