Awesome tapes from Portugal
Parte da música má-onda do Norte capotou, ou pelo menos está completamente dormente com muita pena nossa. Falo de Ghunagangh, Rudolfo e Sektor 304 que ou morreram os projectos ou nada fazem há imenso tempo, deixando a música portuguesa rendida aos patetas alegres que pupulam por aí. Patetas esses que aliás agora até editam todos em vinil porque acham que a boa música só é editada em vinil - logo se editarem em vinil a música deles será melhor? Esqueçam esta "máxima" mas fiquem com outra: a música mais provocante (gravada em suporte físico) nos dias de hoje está nas k7s - aló Black Taiga e Melanie is Demented?
Rewind! Das cinzas do Porto surge AtilA com um novo álbum intitulado V e com selo da Bisnaga, que vem colmatar a tal falta de música "má-onda". Ou até consegue suplantar a falta, de tão pujante que é este disco - já o considero um dos melhores do ano! Ao contrário dos outros discos de Atilla, este parece estar muito concentrado nos seus "beats" vindos do Techno mas com uma manha Industrial. O disco soa a um "mash-up" entre um campo de concentração e uma festa Rave, por isso se os velhos Laibach nesta sua longa fase Electro precisarem de um puto para lhes dar energia nas batidas, é aqui que se devem dirigir. Por mim, não consigo deixar de ouvir esta má-onda no "auto-reverse" da aparelhagem!
Costuma-se dizer que África começa em Portugal, geralmente a comparação é feita porque pena-se em África como corrupta e preguiçosa. Indo para outro estereótipo, também África é vista como o continente do ritmo, se o título deste "post" brinca com este excelente sítio, o Atillla merece ser chamada do africano porque em Portugal na realidade as expressões artísticas adoram o "silêncio" e a "ausência de acção" até ao Santo Gregório do Fadinho. Ser chamado de africano neste país deveria ser motivo de orgulho - e até o novo livro do Camarada Dionísio merece ser aqui mencionado para reflexão... Isto tudo para chegar também a Mineral Music (Urubu; 2015) de Garcia da Selva que poderia ser mais uma prova do português bucólico que odeia movimento, isto porque esta música ignora batidas com os seus samplers e sintetizadores. Felizmente existe movimento e ele é de outro tipo com um "Sexy Sadie" a arrotar postas de pescada Zen que são manipuladas com um humor subtil. Tal a volta que é dada que não se entra em tretas estáticas (há a mania que música ambiental/ experimental tem de ser monótono ou "parado") e consegue ser sempre imprevisível na audição da k7. E encontrá-la? Falem com o André Trindade porque acho que na realidade esta música é uma banda sonora de uma exposição sua ainda patente na Galeria 3+1.
Rewind! Das cinzas do Porto surge AtilA com um novo álbum intitulado V e com selo da Bisnaga, que vem colmatar a tal falta de música "má-onda". Ou até consegue suplantar a falta, de tão pujante que é este disco - já o considero um dos melhores do ano! Ao contrário dos outros discos de Atilla, este parece estar muito concentrado nos seus "beats" vindos do Techno mas com uma manha Industrial. O disco soa a um "mash-up" entre um campo de concentração e uma festa Rave, por isso se os velhos Laibach nesta sua longa fase Electro precisarem de um puto para lhes dar energia nas batidas, é aqui que se devem dirigir. Por mim, não consigo deixar de ouvir esta má-onda no "auto-reverse" da aparelhagem!
Costuma-se dizer que África começa em Portugal, geralmente a comparação é feita porque pena-se em África como corrupta e preguiçosa. Indo para outro estereótipo, também África é vista como o continente do ritmo, se o título deste "post" brinca com este excelente sítio, o Atillla merece ser chamada do africano porque em Portugal na realidade as expressões artísticas adoram o "silêncio" e a "ausência de acção" até ao Santo Gregório do Fadinho. Ser chamado de africano neste país deveria ser motivo de orgulho - e até o novo livro do Camarada Dionísio merece ser aqui mencionado para reflexão... Isto tudo para chegar também a Mineral Music (Urubu; 2015) de Garcia da Selva que poderia ser mais uma prova do português bucólico que odeia movimento, isto porque esta música ignora batidas com os seus samplers e sintetizadores. Felizmente existe movimento e ele é de outro tipo com um "Sexy Sadie" a arrotar postas de pescada Zen que são manipuladas com um humor subtil. Tal a volta que é dada que não se entra em tretas estáticas (há a mania que música ambiental/ experimental tem de ser monótono ou "parado") e consegue ser sempre imprevisível na audição da k7. E encontrá-la? Falem com o André Trindade porque acho que na realidade esta música é uma banda sonora de uma exposição sua ainda patente na Galeria 3+1.
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