quinta-feira, 25 de maio de 2017

Metalada entalada


O regresso dos Sacred Sin é motivo de alegria para qualquer metaleiro 'tuga que se preze. Esta é a banda barulhenta que teve mais momentos de glória desde os inícios dos anos 90. Nessa década nada era fácil para quem curtia som pesado e esta banda fez carreira sem as foleirices góticas (cóf, cóf) explorando Thrash / Death Metal. Andou a hibernar de vez em quando neste milénio e volta com o explosivo Grotesque Destructo Art (Chaosphere; 2017), um CD tradicional que não avança nem uma pontinha para a evolução do sub-género musical. Até volta a atrás com uma podre versão de Comandos dos V12 (outra instituição metaleira nacional que preferia não escrever) ou com o instrumental Sounds of Despair, uma cavalgada que de desesperante nada tem (não se percebe o título!) que soa a trashy-glitch primordial. Este primitivismo é logo visto no artwork do disco de tão inapto que parece que ainda estamos em 1997 a aprender ainda a fazer grafismo para estas pequenas embalagens destas coisas chamadas de CD - o vinil tinha "morrido", certo? Come on Chaosphere!? Não nos podes dar esta bomboca e depois deixar descuidarem os Sacred Sin!!!
Os melhores momentos do disco são Euthanize it e The Sentinel que começam lentos justificando as práticas dos títulos para depois desdobrarem-se em orgias de solos típicos deste tipo de som. Aliás, após The Sentinel não vale a pena ouvir o resto do disco, ou seja, nem o tema-título do álbum que é um "death wishful thinking" sem sentido nem a tal versão de V12. Baaaaaaaaaaaaaaza!

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