sábado, 29 de novembro de 2025

O ANDAR DE CIMA - The Upper Room / ESGOTADO


Uma co-edição da Chili Com Carne com a Faculdade de Ciências e Tecnologia e a escola Ar.Co.
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Uma Banda Desenhada de Francisco Sousa Lobo baseada na palestra A Modulação da Tomada de Decisão: Pode o cérebro ser influenciado? ocorrida em Maio de 2014 e com as participações de Miguel Esteves Cardoso, José Manuel Pereira de Almeida, Alexandre Castro Caldas e Nuno Artur Silva.
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20p. 21x27cm impressas a castanho, capa a duas cores.
ISBN: 978-989-8363-28-2
edição em português com legendas em inglês
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new comix by Francisco Sousa Lobo (from The Dying Draughtman fame) inspired in a congress about neurology, in Portuguese with English subtitles. It's about the brain and about a conference on decision that took place at Universidade Nova in Lisbon. It's not institutionaley didactic comics, it's straightforward fiction.
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ESGOTADO mas pode ainda encontrar na Mundo Fantasma, BdMania, STET, Linha de Sombra e Tinta nos Nervos

buy here or at Quimby's (Chicago), Modern Graphics (Berlin) and Floating World (Portland)







Feedback : 

O autor experimenta diversas soluções para as suas pranchas e revela maestria nas transições entre as vinhetas, sendo extremamente proficiente na enorme quantidade de informação que, também como música de fundo, transmite ao leitor nas poucas páginas que constituem a obra. Aliás, esta aparente (...) simplicidade é um dos grandes trunfos desta banda desenhada, perante o complexo tema que aborda. Mais uma vez, Francisco Sousa Lobo brinda-nos com uma BD que figurará certamente entre as mais conceituadas listas do que melhor se produziu este ano em banda desenhada no nosso país. 
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Un racconto a fumetti insolito da un autore portoghese, creato in occasione di un convegno di neurologia. Il segno scarno e il montaggio ipnotico di Francisco Sousa Lobo riescono a conferire inquietante esattezza a una storia che parla di cervello, paranoia, solitudine e Fado. 
Andrea Bruno na sua escolha de últimas cinco melhores leituras de BD para o Fumettologia 
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N’O Andar de Cima, claro, o protagonista tem que ser velho o suficiente para ter sido apanhado pelos fachos, mas Lobo nasceu em 73. Pode não ser ele. Mas é ele, ainda que tangencialmente. De lembrar que, por exemplo, a história de Zona de Desconforto é autobiográfica a nu, espécie de Art School Confidential com menos tiques e a ir mais fundo: dois dedos de conversa sobre o doutoramento na Goldsmiths e um historial de depressão com um surto psicótico. Não é por acaso que isto nos põe desconfortáveis — ver um gajo desbobinar-se numa bd não é pêra doce —, e somos quase forçados a concluir que aí sim, foda-se, o gajo viveu para contá-la, isto é que é bd. Tanto ele como nós sabemos que não é bem assim, daí as tangentes e as reviravoltas, porque narrar-se é mais do que uma estratégia argumentativa em banda desenhada; é uma estratégia identitária também. 
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Resenha sobre O andar de cima e outros trabalhos de FSL no Ler BD de Pedro Moura 
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nomeado como Melhor Argumento e Melhor Publicação Nacional pelos Prémios Central Comics 2015 
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 un cómic en bitono en el que Sousa Lobo presenta a un hombre que escribe un monólogo que se desarrolla durante todo el cuaderno, en el que profundiza en los temas recurrentes del autor: la identidad, el proceso del pensamiento, y los recovecos de la mente. Es un discurso conexo pero complejo, en el que mezcla a Shakespeare con la neurociencia y que también toca cuestiones interesantes, como la imaginación y su contacto con la alucinación. Se trata de un monólogo de loco —o por lo menos de obsesivo / compulsivo— de raíz muy literaria, pero que Sousa Lobo desarrolla con recursos puramente gráficos, gracias a un dibujo sencillo y al uso de símbolos recurrentes.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

ccc@autonoma.4


 Lá estaremos!! Sendo que o Tiago "Gato Mariano" da Bernarda vai dar um workshop e a Amanda Baeza vai ter uma exposição

A exposição intitula-se Entre onde dá-se a conhecer o trabalho mais recente da artista luso-chilena Amanda Baeza (1990). Esta exposição apresenta um conjunto de obras que atravessam ilustração, banda desenhada, desenho, têxtil, cerâmica e bonecos de pano, revelando a forma como todas estas linguagens se entrelaçam no trabalho da artista. Um convite para ver de perto, e em primeira mão, o lugar onde tudo se encontra.

 + info AQUI

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

a Chili Com Carne no Festival de Fanzines e BD de Alpiarça



Lá estaremos este Festival de boa cromaria mais uma vez e desta vez com uma exposição sobre o Punk e a BD, a cargo de Marcos Farrajota - numa espécie de versão do livro Punk Comix daí que se intitule de forma homónima.


Se hoje “Punk” é uma palavra abusada por todos porque numa sociedade amorfa como a que vivemos, qualquer pessoa mais energética e “suja” é considerada imediatamente de Punk, reduzindo-se a uma tribo com especificidades na roupa e na música e ignorando o legado político.

Punk Comix é uma exposição de vários painéis montados por Marcos Farrajota (edição) e Joana Pires (design) que não percorre apenas as ligações da BD e do Punk em Portugal mas realça a sua evolução na forma como autores e artistas de BD abordaram esta contracultura mas também trazendo à luz as características únicas dessa relação - por ex.: o movimento Okupa, as bandas de música  que ganham vida vindas da própria Banda Desenhada ou os seus VIPs (very important punks). São ainda destacadas as obras únicas de Nunsky, colectivo Chili Com Carne, João Mascarenhas, Tiago Baptista e José Smith Vargas.



segunda-feira, 17 de novembro de 2025

MASSA CRITICA /// BD de Hetamoé no Story Tellers / Parque Silva Porto


 
Pergunta, que espécie de antologia de Banda Desenhada poderá entrar na colecção THISCOvery CCChannel? Talvez se encontre uma resposta aqui

Exacto! 

Numa preocupação constante de falta de obras de referência em Portugal - e apesar de alguns títulos sobre bd que já publicámos nesta colecção, como a Maga ou The Reading Gaze (de Domingos Isabelinho) - qualquer oportunidade é boa para arrancar pelo menos testemunhos sobre BD pelos artistas. Por exemplo, quando o australiano Michael Fikaris quis fazer uma antologia de bd portuguesa e australiana, foi convencido a pedir trabalhos sobre bd aos artistas convidados. A antologia Opposights saiu em 2021, e os resultados dos portugueses eram surpreendentes! Tinha de publicar-se em Portugal ou em português! Pouco importava se seria um livro pequeno! 

Felizmente, foi crescendo porque fomos encontrando sempre mais alguém que mostrava interesse em participar. Muito sinceramente, valia e valeu a pena esperar mais um bocadinho até que o artista entregasse o trabalho. 

 Bocadinho a bocadinho, já lá vão uns três anos para esta montanha parir este rato. Rato? Ratazana, isto é para picar!!! Cinzentinhos, bazem!

foto de Rodolfo Mariano


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128p p/b 16,5x23cm, capa a 2 cores. Editado por Marcos Farrajota. Publicado pela Chili Com Carne e Thisco. Capa e Design feito pelo Rei da BD Portuguesa!!
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disponível na nossa loja em linha e na Almedina, BdMania, Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, Snob, Socorro, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, ZDB (Lisboa), Cassandra, Mundo Fantasma (Porto) e Velhotes (VN Gaia). E na Eventual (Espanha) e TFM (Alemanha).
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Tabela de conteúdos:

Editorial Arrivista (texto) por Marcos Farrajota

EXPERIÊNCIA
A cena por Amanda Baeza
(sobre feiras e estratégias) por Mariana Pita
Comic Trips por Rui Moura
(uma autobiografia sobre a sua relação com a BD) por Bruno Borges
(a primeira parte do livro "No tempo em que os meus medos falavam") por Miguel Ferreira

FORMA
Shapes found in Comics por Cátia Serrão
(sobre o vício da tinta da china, em inglês devido ao "punchline" intraduzível) por Pedro Burgos
Estudo do meio por André Lemos
Subtextual nihilism por Hetamoé

ENSAIO
Porquê BD? por André Pereira
Consciência Sequencial por Rodolfo Mariano
Breve e imprecisa História da Cienfuegos Press por Gonçalo Duarte
Melanina & a BD portuguesa no século XXI por Miguel Santos
O Hábito fez um monstro! por Lucas Almeida
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Feedback:

Ontem já estive a ler parte do livro à noite. Grande editorial arrivista! Já estava entusiasmado para ver o livro e agora que o tenho nas mãos fico ainda mais contente por ter participado. As histórias que li rendem bué e é um livro que parece sair na altura certa, com todas as discussões que me têm chegado aos ouvidos (sobre a BD ser um "género", sobre a "novela gráfica", sobre a falta de consciência história da BD PT...). Também me ocorreu que, no género de "BD a falar dela própria", e ao contrário do que se faz por aí, é um livro que dá destaque às vozes de autores e não de editores, o que me parece relevante no contexto actual. Enfim, considerações superficiais, mas genuinamente entusiasmadas; deixo a profundidade de reflexão para as várias histórias do Massa Crítica.
André Pereira (via email)

A Massa 'tava óptima!
David Campos (via email)

Excelente BD a do Miguel Santos na Massa Crítica.
André Oliveira (via email)

(...) A brincadeira começou na Austrália, (...) em que eu já participei com mais alguns artistas portugueses e de lá. Não fazia ideia que iriam querer publicar a versão portuguesa, que junta mais uns quantos nomes e é mais específica sobre a cena local - ou seja, portuguesa. Cada vez me faz mais confusão falar de arte ou bd portuguesa, ou sequer de Portugal, já que trazem o tema à conversa; ou mesmo de banda desenhada, por oposição a outras disciplinas ou circunscrita no seu meio. (...) Ainda assim, gostei muito do livro (...) Revejo-me naquilo, conheço a maior parte dos assuntos e as pessoas; para além de que me deu bastante gozo fazer a minha parte. E, claro, é com certeza um material de estudo necessário e interessante para quem vem depois para fazer a BD. O design do livro é do Rudolfo e está altamente!


Antologia de banda desenhada que eleva a BD portuguesa a patamares de distinção Raramente um livro de banda desenhada em Portugal consegue captar ao mesmo tempo a energia de um movimento artístico pulsante e a reflexão exigente sobre o próprio meio. Massa Crítica, antologia (...) consegue exatamente isso. (...) Do ponto de vista formal, editorial e estético, Massa Crítica é uma obra de afirmação. (...) As categorias de conteúdo — Experiência, Forma, Ensaio — indicam por si um ambicioso cruzamento entre autobiografia artística, teoria, crítica e prática. Por exemplo, (...) Porquê BD? de André Pereira, não só enriquecem o panorama teórico da BD portuguesa como oferecem leituras íntimas, pessoais, que reforçam a autenticidade do todo. Num panorama editorial em que por vezes se privilegiam fórmulas seguras ou estéticas de apelo imediato, Massa Crítica ergue-se como contraponto valioso: desafia, provoca, estimula. Não se contenta em apenas registar o que já existe; procura interrogar, abrir novas emoções, lançar pontes entre o meio e quem o consome. E faz isso de dentro, por quem vive a banda desenhada. (...) É um manifesto — artístico, intelectual, cultural — e uma prova concreta de que a banda desenhada portuguesa tem mais de onde extrair matéria, alma e espessura. Quem se interessa por BD, ou por cultura contemporânea que pensa para lá da superfície, vai encontrar aqui um livro obrigatório. A capa de Massa Crítica: manifesto visual da BD independente portuguesa Num mercado editorial onde muitas vezes a capa é pensada apenas como chamariz de consumo rápido, Massa Crítica apresenta-se com uma solução gráfica ousada, concebida por Rudolfo, que funciona como verdadeiro manifesto visual. O fundo magenta saturado contrasta de forma vibrante com as letras e figuras em amarelo, criando uma tensão cromática que prende o olhar e impõe presença. As formas orgânicas — meio tipográficas, meio escultóricas — evocam tanto o gesto manual como a experimentação plástica digital, transmitindo uma energia bruta, viva e indomável. Não há aqui a busca por uma “beleza polida”, mas antes a afirmação da autenticidade e da radicalidade criativa que caracteriza a Chili Com Carne. (...)
Paulo Pereira para um JL extinto

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Historial

14 de Dezembro 2024: primeira apresentação na Socorro, Porto, com a presença do editor Marcos Farrajota e o artista Rui Moura. no âmbito do Culturismo Hardcore II, o maior evento de nicho Pop!

11 de Janeiro 2025: lançamento oficial na Tinta nos Nervos, com presença do editor Marcos Farrajota e dos artistas Amanda Baeza, André Pereira, Hetamoé e Miguel Santos.

24 Fevereiro 2025: conferência "Melanina e a BD Portuguesa no século XXI" por Miguel Santos @ Sala 8.2.12 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Referido sem crítica - porque a pobreza grassa na BD portuguesa - no jornal Jornal de Letras, o que diz muito da barriga burguesa do seu "crítico"...

 22 Setembro 2025: BD de Hetamoé no projecto Story Tellers no Parque Silva Porto, Benfica, Lisboa



quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Sei...

 


O nosso amiguinho faleceu ontem, não houve despedidas entre nós mas hoje, inesperadamente, recebi um seu último recado através de um amigo em comum. Fiquei gelado por uns momentos. Geralmente estávamos alegres nas nossas conversas infinitas até à hora de fecho da Feira do Livro de Lisboa, onde o Sei Miguel examinava todos os nossos títulos e escolhia de forma incisiva o que lhe despertava a curiosidade. 

Em 2020 disse-me: "Há um japonês que deves gostar, aquilo é fantástico, tenho lá em casa mas não me recordo agora o nome, pá...!". No ano seguinte publicamos a Viagem do Yokoyama e era este o "japonês do Sei". Entendimento total depois desta. Seguiu-se trocas de galhardetes gráficos - recuperamos o nome do esquecido F'murrr e mostrei-lhe os "novos" David B e Jim Woodring. Ficamos de ir à Bedeteca de Lisboa quando reabrisse para nosso percurso de conversa infinita ainda se esticar ainda mais e mais e mais...

Não se identificava com o que o REP escreveu sobre ele e a sua obra no Bestiário Ilustríssimo (livro que editamos) mas estávamos tão entusiasmados a falar sobre a BD - seria a única pessoa que conheceu nos últimos tempos que podia ter conversas sobre este assunto e para dizer a verdade também eu raramente tenho apanhado alguém com o mesmo entusiasmo! - que nunca aprofundei essa questão da música. Nunca chegamos ao fim da conversa sobre Art Brut que me "chocou" por alguma razão que agora não consigo detalhar ou que não me apetece agora pensar. Também não me lembro o que ele comentou sobre o Francisco Sousa Lobo - era pela positiva...

Ouvia dizer que o Sei era snob mas foi das pessoas mais gentis que conheci nos últimos tempos. Não se pode acreditar nos rumores. Poucas vezes nos encontramos fora da Feira do Livro, já se sabe como é a vidinha e as suas corridas. Lamento agora não terem acontecido mais encontros e conversas de cromos... Quando havia formalmente despedidas ele mandava "abracinhos".

Marcos

Einstein, Eddington e o Eclipse. Impressões de Viagem ... conferência no CNC HOJE


Einstein, Eddington e o Eclipse. Impressões de Viagem 
por
Ana Simões (ensaio e argumento) e Ana Matilde Sousa (banda desenhada)

oitavo volume da colecção LowCCCost, uma colecção de livros de viagem ... para quem gostar de viajar sem apanhar transportes e gastar dinheiro!

Elaborado no âmbito do centenário do eclipse de 1919, este livro esteve associado à exposição E3 — Einstein, Eddington e o Eclipse e está dividido em duas partes (ensaio e banda desenhada), ambas bilingues, português e inglês, as duas principais línguas usadas durante a expedição. 

A banda desenhada toma a correspondência de Arthur Eddington trocada com sua mãe, irmã e o Observatório de Lisboa antes, durante e após a sua expedição à Ilha do Príncipe para estudar o eclipse solar total de 1919, como ponto de partida para uma narrativa gráfica de contornos experimentais e impressionistas. Focando-se na teia de actores humanos e não-humanos envolvidos nesta expedição – pessoas conhecidas e desconhecidas, animais, plantas, factores ambientais e afetivos – a BD, que também compila alguns documentos da exposição, estabelece uma relação intertextual com o ensaio teórico sobre as implicações científicas, políticas e sociais dessa viagem cujos resultados confirmaram a revolucionária teoria da relatividade de Einstein. As “impressões” da viagem assumem um duplo significado, referindo-se ao relato de Eddington por palavras e às marcas nas páginas, alusivas à presença material dos lugares visitados.

264p (156p a cores) 18,5 x 27cm, capa a cores com badanas 
 ISBN: 978-989-8363-510

Nova edição - revista e ampliada - disponível na nossa loja em linha e na Tigre de Papel, Kingpin Books, SocorroTinta nos Nervos, ZDB, BdManiaMatéria Prima e SnobA antiga poderá ser ainda encontrada na Mundo Fantasma, Utopia, Linha de Sombra, STET, Vida Portuguesa e Alquimia





Historial: 

apresentado no CIUHCT a 19 Dezembro 2019 
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apresentação virtual em V/Ler BD 
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Artigo no Público
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Excerto publicado na revista polaca Zupelnie Inny Swiat
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Boa crítica por Jürgen Renn (Max Planck Institute for the History of Science) na Centaurus
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Apresentação com as autoras e moderado por Hugo Soares no dia 10 de Junho 2024, às 20h, na Praça Azul da Feira do Livro de Lisboa
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Apresentação com a presença das autoras e o editor da Chili com Carne, Marcos Farrajota, e com o comentário do crítico e investigador Pedro Moura, o ilustrador e autor Miguel Santos e o cientista Federico Herrera no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, dia 20 Junho às 18h
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entrevista no Pranchas e Balões

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Ciclo de Conferências no Centro Nacional de Cultura12 de novembro | Einstein, Eddington e o Eclipse – Impressões de Viagem com Ana Matilde Sousa (CIEBA – FBAUL) e Ana Simões (CIUHCT – CIÊNCIAS-ULisboa); e, 26 de novembro | A Roça Sundy, Cadbury e o “Cacau escravo” com Duarte Pape (Paralelo Zero) e Hugo Soares (E3GLOBAL)




Feedback

(...) narrativa de enorme intensidade emocional (...) Eis um livro de viagens com vocação renascentista (...)
Sara Figueiredo Costa in ACERT

(...)  O encontro entre Hergé e Lovecraft tem perfeitamente o seu papel num livro sobre uma conclusão feliz da observação da ciência. 
 Livro desafiador que estende as condições de produção e o modo como a banda desenhada dialoga com o mundo, bem para além do veículo de ficção de género ou de narrativas dominadas a que a maioria das suas prestações nos habituou, Einstein, Eddington e o Eclipse poderá vir a tornar-se um exemplo maior da verdadeira inter- e transdisciplinaridade.
Pedro Moura in Ler BD


Além da notável originalidade da junção de dois registos – um científico e outro artístico, neste caso a história da ciência casa-se com a “nona arte”, que costumam andar apartados, - a obra é também original pela sua rara qualidade. O ensaio, que foi pensado tendo em conta leitores desconhecedores da matéria, sendo claro, é absolutamente rigoroso, indicando as fontes para os factos relatados (...). Na banda desenhada, delimitada pelos registos epistolares ou diarísticos, a imaginação já voa, mas o registo não deixa de ser rigoroso: vê-se que a artista se procurou documentar sobre os cenários que descreve visualmente, tendo consultado o material fotográfico disponível. Fugindo ao realismo, faz-nos entrar na atmosfera da época.
Carlos Fiolhais


Voltando ao que melhor li de BD feita por cá (...) Trata-se de um livro composto por um ensaio da historiadora e professora Ana Simões e uma banda desenhada da artista Ana Matilde Sousa. (...) Gosto muito de ver este tipo de parcerias, bem como das explorações gráficas desenvolvidas aqui pela Ana Matilde Sousa, mais conhecida nos meandros da BD por Hetamoé. Conheci-a no Clube do Inferno, esse conjunto de enfants térribles cheios de garra e vontade em fazer BD, e desde aí que tenho tentado seguir o seu trabalho. Aqui conquistou-me logo nas primeiras páginas com esta BD impressionista. Muito trabalho interessante na forma como trabalha a cor e também a fotografia, tudo para nos ir dando uma imagem/ sentimento da viagem de Eddigton (usando como base a correspondência que o cientista trocou com mãe, irmã e o Observatório de Lisboa).
Gabriel Martins via Facebook

 



Einstein, Eddington e o Eclipse é magnífico! (...) tirei a barriga cerebral da miséria.
Rodolfo Mariano (via email)

domingo, 9 de novembro de 2025

sábado, 8 de novembro de 2025

Será a caneta mais poderosa do que a espada?

 

A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas a este desafio em Banda Desenhada por uma série de artistas. Este mês cabe à Diogo Barros (1983) que teve momentos de glória com o seu e-comix Pós-tugal - que recolheu recentemente num zine e criou uma nova página prá A Batalha (que deve estar para sair em breve se a Alma do Kropotkin deixar!)

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Gente Remota --- ESGOTADO

 




Gente Remota é um livro ficcional que nasceu de quatro longas entrevistas com ex-combatentes anónimos das chamadas guerras de África, conversas que tive em 2014. Não há nada inventado, no que corresponde às experiências de Guerra de Alfredo Jacinto, não teria capacidade para tal. Nem o crime da PIDE, nem a acção salvífica e presença de espírito de Alfredo ao salvar um soldado do colapso moral, nada foi inventado. Limitei-me a baralhar os dados.

Esta é uma pequena história de Portugal, esse país sem problemas de consciência, com uma memória selectiva, ao mesmo tempo sincera e senil.

É uma história de cruzamento de ideias, de confrontos de perspectivas. Eu não estou em lado nenhum, neste livro. Ou então estou em todo o lado.

A questão do racismo é sempre um poço sem fundo. Incómoda, urgente, com ramificações que tocam a todos, profundamente. A minha relação com o nosso passado colonial é múltipla. Eu próprio nasci em Moçambique, rodeado de empregados e privilégio colonial.

Depois veio logo o 25 de Abril, essa tábua rasa a um tempo gloriosa, mas que nos oculta a história e nos iliba de qualquer culpa. Depois veio a primária em que aprendemos a hostilidade contra os espanhóis, e depois o liceu em que nos forçaram os Lusíadas pela goela abaixo. Este livro é talvez o paté resultante.  

A esperança é que sofre. 

- Francisco Sousa Lobo 


23º volume da Colecção CCC, 100p a duas cores, 16,5x23cm, edição brochada.

editado por Marcos Farrajota. Design de Joana Pires.


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Historial

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Obra realizada ao abrigo de uma Bolsa de Criação Literária da DGLAB/ Ministério da Cultura 

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Lançamento no dia 19 de Dezembro 2021 no M.A.L. com apresentação de Sara Figueiredo Costa

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artigo no Público



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artigo na Lusa

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entrevista no Pranchas e Balões

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ESGOTADO, talvez ainda encontrem na Linha de Sombra, Snob, Tinta nos Nervos, Kingpin, Tigre de Papel, Matéria Prima, ZDB, STET, Socorro, Alquimia, Essência do Livro e Stet.

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Feedback

(...) banda desenhada portuguesa maior, adulta e consequente.

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Partindo de entrevistas feitas a quatro ex-combatentes que passaram pela Guerra Colonial, Francisco Sousa Lobo constrói uma ficção que tira o melhor partido da linguagem da banda desenhada para colocar em confronto memórias, ideias feitas, traumas que persistem em não ser abordados. Não é um livro sobre o passado, antes sobre o modo como vários passados – uns colectivos, outros individuais – continuam a assombrar o nosso presente comum.
Sara Figueiredo Costa in Blimunda

Este é um livro desagradável! E ainda bem, porque de livros agradáveis está o Inferno cheio.



Melhor Obra Nacional nos Prémios Bandas Desenhadas

Sem ceder ao panfleto, Sousa Lobo cria uma história actual sobre Portugal e os seus mitos (...)
Sara Figueiredo Costa in Expresso
 
 
O Francisco pegou no século XXI e meteu numa cápsula. Está aqui tanta coisa... As teorias de conspiração dos cotas. Os "neo" coloniais. O jungle fever luso tropicalista. A memória histórica com esquecimento estratégico. As palas nos olhos. A saúde mental dos jovens, em especial dos rapazes, que não se debate nem se cuida. As empregadas domésticas, mesmo as que têm patroas feministas e liberais...
(Se queres levar porrada de todos os lados tenta falar sobre o "fim das empregadas domésticas"... mesmo nos círculos mais pra frentex ... ;) )
Na verdade, acho que tudo isto seria igual, mesmo sem a guerra colonial, mesmo só com brancos. Por essas e por outras não vejo grande utilidade no "white guilt"...
Esta BD é um espelho gigante. Pode ser "ficção" no estilo, mas o conteúdo não é nada ficcional. Demasiado familiar, até.
Miguel Santos (por email)
 
 




BIG com carne

 


Acontece até ao final do ano a BIG em Guimarães e tivemos acesso ao catálogo que tem as seguintes curiosidades: selecção do cartaz de Rodolfo Mariano para a festa do MAL e as ilustrações de Sara Boiça para a colectêanea Contos poucos exemplares e a publicação de um texto de Marcos Farrajota em regime de corta-e-cola dos seus artigos que tem saído no jornal Carne para Canhão - relativo à palestra que deu na edição de 2023 do BIG.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

1 livro 1 disco 1 zine (11)

 Não se percebe o Sim Mau, o gajo anda nisto da BD há anos e anos e ainda não tem um livro a solo? De vez em quando vou apanhando zines seus no QueerLisboa, evento que parece ser a única forma de aceder às suas auto-publicações em Portugal, pois o artista encontra-se na Dinamarca.

Este Super Mom (vs The Patriarchy) #1 (Fev'25) é uma série nova e que esperemos que venham mais números de futuro. Que isto não cai em saco roto! 

Trata-se de um zine A5, impresso em rosa (a cor favorita do Sim Mau?) de 24 páginas bem divertidas de uma super-heroína que além de ter de salvar o mundo tem ainda de cuidar / salvar da sua família disfuncional. Desenho de traço limpo, narração escorreita e humor inteligente. O que se quer mais de um fanzine?




 Não julgar um livro pela capa, quem vê cara não vê coração, etc... Mal saiu na 'net este CD fiquei entusiasmado com a capa e desenho da Maria Quintas - são lindíssimos os desenhos! 

Infelizmente este Club Sorrow (Rotten//Fresh; 2025) de DJ 420@ôa é apenas chato chato chato. Parece que foi parido num workshop sobre música de dança na c+s de Odivelas em 2005. 

(Infelizmente) os fachos riem-se à toa desta rodela!




Uma Varanda em Júpiter (ed. de autor; 2025) de António Pedro Marques.

Forma: Verdadeira risota democrática este mini-livro.

Cultura: Começa logo com um peta daquelas, que isto é um livro de Ficção Científica com uma capa toda sci-fi + pulp + IA + vintage + à gringo quando na verdade é uma listagem de maleitas do nosso mundinho de merda, escrito entre elegância e mordacidade total. 

Obsessão: Ninguém escapa ileso - nem mesmo A Batalha apesar de estar lá o NIB do jornal de expressão anarquista. O que mais impressiona é a "free-style" da escrita, numa torrente de ideias e citações que não lembra o Diabo! Políticos, bófia, críticos literários, esquerdinhas tudo ao léu.

Opinião sobre a Terra: podem descobrir esta pérola na livraria Snob.

Liberdade, sonhos de vanguarda, bolachas, D. Caixote & Sancho Ganza, Necroverso, Shit Show, A, crochet, álcool, biclas em Xabregas, Sísifo perdeu um braço, Senhoria, vómito e muito mais...



 Novo número da Pentângulo, o cinco, revista da escola. Ar.Co

Uma publicação que confere visibilidade ao trabalho de novos autores cuja formação tenha sido feita no curso de Ilustração e Banda Desenhada do Ar.Co. Sem hierarquias, nomes consagrados e estreantes, alunos, ex-alunos e professores misturam as suas imagens e palavras numa saudável promiscuidade. 

Participam neste número António Gomes, Joana Matos, Sara Baptista, Tita Luís, Mariana Matos, Gaspar Borges, Luís Ribeiro, Rodolfo Mariano, TETRATELES, Francisco Sousa Lobo, Emilie Bourel, Rodrigo Villalba, Beatriz Brajal, Francisco Modesto, Luís Ribeiro, Marcos Farrajota (texto) Pauli Pokryvkova, Maryam ShimizuLuana Saldanha, Sofia Ciente, Tomás Almeida, António José Lopes, Amanda Baeza, Rebeca Gomes e Tiago Baptista.

128p 16,5x23cm, 40p a cores, capa de Marta Baptista, design de Rudolfo

Apoio do IPDJ. 

Destaque aqui para as lojas que apoiam este projecto na distribuição: BdMania, Linha de Sombra, Kingpin Books, Mundo Fantasma, Snob e Tinta nos Nervos.  

Já se encontra na nossa loja em linha e na Tigre de Papel e ZDB (Lisboa), Matéria Prima, Socorro (Porto) e Velhotes (VN Gaia).



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HISTORIAL

Apresentação na Tinta nos Nervos, 1 de Março 2025, com as presenças de André Pereira (professor e autor), Daniel Lima (co-responsável do Departamento de BD e Ilustração da Ar.Co) e Marcos Farrajota (editor).




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A BdMania fez um concurso tótó: durante o mês de Março levamos a cabo um fabuloso concurso temático: aos primeiros 1000 leitores que reencaminharem a fotografia acima para a Chili Com Carne temos para oferecer nada mais do que 1000 Obrigadíssimos, que serão transmitidos com elevada consideração! (?)


 

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Crianças que alucinam, masmorras, entregas ao domicílio, dates antes e depois da da pandemia, cartas tarot, insónias, casas que morrem, entrevista a Carlos "Zíngaro" e muito mais como sempre...


QUARTO número da revista 

PENTÂNGULO
uma co-edição Ar.Co. e Chili Com Carne


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128p. (32 a cores) 16,5x23cm, capa a cores, design de Rudolfo

Pentângulo é uma publicação que confere visibilidade ao trabalho de novos autores cuja formação tenha sido feita no curso de Ilustração e Banda Desenhada do Ar.Co. Sem hierarquias, nomes consagrados e estreantes, alunos, ex-alunos e professores misturam as suas imagens e palavras numa saudável promiscuidade.

Neste quarto colaboram Pedro Moura, Ana Dias, Catarina César e Simão Simões (obra colectiva), Ana Blockveld, Simona Slovova, Tiago Baptista, Marta Baptista, Joana Matos, Carlos "Zíngaro" (entrevistado por Pedro Moura e Marco Mendes), Bruno Alves, David Pulido, Rodolfo Mariano, Diogo Candeias, João Lencart, Joaquim Afonso, Mar Cunha, Masha Motyleva, Pedro Saúde, Sara Baptista, Sara Boiça (também autora da capa), Ema Acosta, Matilde Ingham e Maria Giovanna Mura.

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Projecto apoiado pelo IPDJ e pelas livrarias BdManiaKingpin BooksLinha de SombraPaperviewSnob Tinta nos Nervos.

além de estar à venda nas referidas lojas ainda se encontra na nossa em linha e na Alquimia, Tigre de Papel, ZDB, Matéria Prima e Utopia.






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Historial: 

Lançamento a 2 de Março 2022 no Damas / Festival Rescaldo com um concerto de Carlos "Zíngaro" e Clothilde.

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vídeo no Bandas Desenhadas

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ilustração da capa por Sara Boiça selecionada para o BIG 2023