segunda-feira, 5 de março de 2007

Desastres no Espaço na Velha-a-Branca (fragmentos da Laica no Espaço)

cartaz de jötha

Durante três meses de caos visual e cacofonia, os operários gráficos laicos de Lisboa, sedeados numa tasca sem nome da Rua da Cidade de Liverpool, nos Anjos, deslocaram-se religiosamente ao bar Espaço, onde trabalharam laboriosamente sobre papéis e paredes, entregando-se com volúpia àquilo que fazem melhor: preencher vazios. Fruto de uma sinergia de contornos difusos, cuja história levaria demasiado tempo a contar, a iniciativa LAICA NO ESPAÇO ofereceu o melhor da cultura subterrânea e do comércio alternativo: concertos, exposições, pintura mural ao vivo, sessões de desenho automático, feiras de fanzines e trocas de discos. A Feira Laica, em Dezembro, foi o corolário desta empreitada cultural independente, num verdadeiro deboche de comércio cultural justo, sem patrões nem intermediários.
Os restos mortais desses momentos irrecuperáveis chegam agora a Braga e resultam fundamentalmente de 4 exposições colectivas que estiveram patentes no Espaço entre os meses de Outubro e Dezembro de 2006: Guerra Civil Portuguesa: Cenários; Grandes Desastres Históricos: Uma Antologia; Luta Livre: Coreografias Brutas e Animais no Espaço: Desastres Genéticos (experiência de desenho automático).
Participantes: André Lemos, João Maio Pinto, Jucifer, Rosa Baptista, José Feitor, Luís Henriques, Lars Henkel, Edgar Raposo, Teresa Amaral, Daniel Lopes, Daniel Lima & Cátia Serrão, Ana Menezes, Joanna Latka, Filipe Abranches, Mina Anguelova, Lucas Barbosa, Bàrbara Rof e Artur Varela.

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