quarta-feira, 28 de março de 2007

europagraphics i

Nazi Knife #2 (Jonas Delaborde; 2006)
La Racle (Tetedemort; 2006)
S'ouvre la panse (Tetedemort; 2007) de Blanquet

Na França e europa da francofonia, o efeito Le Dernier Cri tem sido devastador, ao ponto de actualmente haver cada vez mais "graphzines" de arte degenerada e a serigrafia ter sido recuperada. Nazi Knife é fotocopiado em papeis de várias cores e tem colaborações de CF, Dennis Tyfus, Jelle Crama (estes dois últimos conhecidos do zine flamengo Rotkop), Sebastien Joly, Hendrik Hegray, Rory Hayes e Antoine Marquis em que muitas vezes os estilos gráficos se confundem (a maior parte dos trabalhos não estão assinados) porque há uma similiaridade dos temas nas suas paisagens de sci-fi monstruosas - quase a lembrar o barroco Druillet - e bonecos naífs. A complementar, algumas fotos quase-shock: alguém vestido de raposa de peluche em pose pin-up com uma bandeira nazi por detrás, blackexplotation e uma porca caucasiana amarrada em versão ritual S/M. C'est la vie... [3,8]
Tetedemort pelos vistos é um atelier de serigrafia que faz não só cartazes mas também livros, zines e desdobráveis usando esta técnica de impressão. E são os desdobráveis de que escrevo, o primeiro colectivo com trabalhos de Playmoo, Rica, Harald, e338, Blanquet, Angryblue, David Witt, Ad e Jimbo Valentine of Amalgam Unlimited entre outros numa estética zinista a relembrar o efeito da fotocopiadora nos gloriosos tempos antes das fotocopiadoras lazer e digitalizações. Oferece ainda uns autocolantes e um crachá [3,6]. O segundo é a solo de Blanquet, um dos autores mais influentes da bd alternativa dos anos 90, com o seu trabalho mais recente cada vez mais detalhado e escatológico [4,4].

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