Miss Fava
Miss Lava (Raging Planet; 2008)
Desde que tiraram as favas e os brindes do Bolo-Rei - será que foi o Cavaco que proíbiu isso? - que essa iguaria natalixa deixou de ter piada. Por mais frutos cristalizados o facto de sabermos que não poderemos trincar num pedaço de metal envolto em papel e sair-nos uma Nossa Senhora ou uma figa para colocar num colar, tira imediatamente o gosto e gozo de comer o bolo. E é o que acontece com os Miss Lava, tem actualmente as capas mais porreiras do Rock português, a começar por este EP de estreia ao CD Blues for the Dangerous Miles (Raging Planet, 2009) envolveram Designers / ilustradores que criaram belos objectos de luxo para conter as suas músicas.
Este EP em vinil cor-de-sangue tem uma capa desdobrável que se transforma num impressionante cartaz, feito por José C. Mendes, que consegue cumprir o que o briefing da banda: psicadélico e sexy do Stoner Rock, uma piscadela ao passado Hard'n'Heavy mas com a contemporaneidade q.b. para o projecto ser Retro. O Designer percebeu e fez um bom trabalho. A banda é que se engana a si própria porque de sexy nada tem, psicadélico muito pouco, pisca mesmo para o passado confundindo o Hard dos anos 70 com o lado light do Grunge dos anos 90. Tendência essa que vai piorar no álbum de estreia - aliás, a melhor faixa desse álbum é justamente uma música das sessões deste EP que não entrou - mas por enquanto na rodela vinilica vermelha ainda não é grave. Ouve-se bem, o primeiro tema até nos apanha e o objecto é giro! Mas voltando à gastronomia tradicional: trinca-se uma fatia e não partimos os dentes, afinal era só uma... fava.
Este EP em vinil cor-de-sangue tem uma capa desdobrável que se transforma num impressionante cartaz, feito por José C. Mendes, que consegue cumprir o que o briefing da banda: psicadélico e sexy do Stoner Rock, uma piscadela ao passado Hard'n'Heavy mas com a contemporaneidade q.b. para o projecto ser Retro. O Designer percebeu e fez um bom trabalho. A banda é que se engana a si própria porque de sexy nada tem, psicadélico muito pouco, pisca mesmo para o passado confundindo o Hard dos anos 70 com o lado light do Grunge dos anos 90. Tendência essa que vai piorar no álbum de estreia - aliás, a melhor faixa desse álbum é justamente uma música das sessões deste EP que não entrou - mas por enquanto na rodela vinilica vermelha ainda não é grave. Ouve-se bem, o primeiro tema até nos apanha e o objecto é giro! Mas voltando à gastronomia tradicional: trinca-se uma fatia e não partimos os dentes, afinal era só uma... fava.
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