Poststressthing (2/3): discos
Continuando a saga dos artefectos recebidos nos últimos meses, para dizer a verdade neste acaso, apenas durante a Feira Laica:
- Ovoo (ed. de autor; 2010) de Felipe Felizardo é um CD-R limitado a 100 cópias, de uma improvisação do Felizardo em Abril deste ano na ZDB dentro da lógica Drone / guitarra e voz, em que existe uma tentativa cosmogónica que se concretiza em 30 minutos de deambulação hipnagógica que pode lembrar obscuros projectos ambientais da Suécia por exemplo. Não sei se foi por este caminho que o Filipe tocou na Feira Laica, seja como for, para quem gosta Do Inexplicável E Do Estrangeiro é favor de pedir o disco no myspace dele.
- Share the fire (Raging Planet; 2010) é o segundo álbum dos Murdering Tripping Blues é um grande álbum de Rock para quem ainda acreditar em Rock. Bem gravado, com potência orelhuda, energia suada e até alguns experimentalismos em doses homeopáticas. Há alturas que a voz lembra Mark Lanegan noutras que é um gajo português a cantar em inglês, noutras outra coisa qualquer de referência... Mas a pica deste trio perdoa todos os defeitinhos do Rock da Aldeia Global. Olha! a Raging Planet descobriu que a contra-capa dos CDs são melhores para capas - como os CD's dos Melvins e a rapaziada Man's Ruin. A pintura da Ana Batel fica bem assim...
- Old Age (Skinpin; 2009) dos norte-americanos The Pope... marca o fim das edições da Skinpin - por cansaço, vulgo, «já ninguém compra discos»... o que significa que ainda por cima tive de digitalizar a capa invés de a encontrar por aí, na 'net. Ainda por cima a capa é feia! Mas pior ainda é a banda que é feia: parecem os Marretas a fazerem Noise Rock. Grande barrulheira rock'n'rolesca com ruído cheia de interlúdios meramente Noise para picar-miolos. Dão-lhe bem os sacanas! Foi bem escolhida a banda para o catálogo da Skinpin mas Kaput! Agora não há uma editora portuguesa de Rock contemporâneo...
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