Whatta waste of time, pá!
Em Portugal se há género que sempre esteve bem representado é o chamado "industrial": dos projectos pré-Mão Morta aos Bizarra Locomotiva, dos Industrial Metal Machine aos Mécanosphère, dos Hospital Psiquiátrico aos cyber-metaleiros dos D'Evil Leech Project, todos eles tem se mostrado uma qualidade superior do que outros géneros mais populares como o Punk ou o Metal. Longe do Industrial da rebarbadora e martelo pneumático e longe de serem originais - embora tenham tenham alguns momentos exceptionais - alguns casos não podiam estar lado a lado com o melhor que se faz lá fora.
Entretanto entraram em cena estes W.D.M. - e regressa a Thisco às edições, finalmente! - que não se ouve com pena, pelo contrário, porque mantêm alguma tradição de qualidade do género alguns temas. I sing the body electric ou Girl within the motorcycle tem carisma e força de "hit-singles" para pistas de dança Dark se em Portugal houvesse alguma com interesse. Mas não temos, infelizmente, nos dias maiores do mongolismo Gótico que são os dias de hoje, as discotecas especializadas são tudo uma paneleirada EBM que não há cu! [paneleirada EBM que não há cu!? que imagem vulgar!] Mas não é pelo facto de não haver uma cena que alguém (ou uma banda) não deverá deixar de criar e editar.
Estamos no domínio do Tanz-Metal (termo inventado para definir os Rammstein) e do Electro-Rock, muito KMFDM mas sem a ousadia das partes Black da coisa (ou seja o Reggae, Dub e Drum'n'Bass) nem a parte White - o ruído mortal para se possa mesmo de falar de Industrial, aliás só nas "faixas-extra" que são remisturados dois dos melhores temas que teremos algum "noise" como acontece com a remistura de Urb, por exemplo. Não sei o que uma banda destas poderá pretender fazer cá em Portugal - acho sempre estranho as letras escritas e cantadas em inglês - mas nesse caso vamos lá recapitular o que não se deve fazer: 1) não colocar uma introdução manhosa de um tipo a recitar um manual de instruções que passados 5 segundos topa-se que é um 'tuga com problemas de pronúncia; 2) não publicar fotos dos membros da banda com gravatas e rimel nos olhos porque é ordinário e os elementos não ficam nada mais atraentes ; 3) não usar como capa uma fotografia de uma fábrica abandonada com várias televisões abandonadas porque já vimos isso mais vezes e porque não ilustra o nome do álbum que é "interferência"... Foi por este tipo de erros que os Blind Zero não foram lá para fora, com muita pena nossa, podia ser que nunca mais cá voltassem!
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