Flood City (Peow!; 2012)
A Globalização pode ser vários efeitos
perversos se por um lado liquida a “tradição” também é verdade que há tradições
que não interessam nem ao menino Jesus – falo como “tradicionalista” e não como
cristão, atenção! O estereótipo sueco tem sido o gajo introvertido, fechado e
snob, ou pelo menos é o que se passa em Estocolmo, a excepção que já vivi é a malta
de Malmö que é mais continental, emigrante, cosmopolita (e dinamarquesa) do que
“sueca”.
E se a maioria do mercado sueco vivia no seu
conforto interno, novas gerações já são diferentes e agem de outra forma. O estúdio Peow! estreou-se com zines no festival Crack (em Roma! Logo aqui uma mudança de
paradigma!), estudam BD e Ilustração e parecem ser um chavais simpáticos - nada
arrogantes como a malta de Estocolmo costuma ser… Compraram uma máquina risográfica
e agora lançam zines com uma boa qualidade de impressão e apresentação. Quanto
ao conteúdo, topa-se um lado técnico profissional que se adequa ao mercado
europeu pós-L’Association. Flood city une três histórias em progressão dos três
membros do colectivo, envolta de uma cidade inundada. Olle Forsslöf parece ser
o mais extravagante, Elliot Alfredus o mais elegante e Patrick Crotty o mais
primitivo, o que afinal mostra “arte-diversidade” na Aldeia. (a suivre)
PS resta saber porque os estudantes da Ar.Co e
de Guimarães também não são assim… Ainda falta muita Globalização a
“corrigir-nos” a personalidade!
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