Baked Baby Jesus
Mike Diana (ed. de autor; 1990/2008)
O homem veio a Lxxx e deixou-nos coisas... Entre elas a edição em DVD dos vídeos caseiros de Diana e família (irmão e irmã, ao que parece) que durante o seu julgamento de 1991, foram apreendidos e examinados pelo tribunal.
Filmados nos anos 80 mostram um Diana (e irmãos) todo chavalito já a querer fazer merda, vulgo, ofender os valores e símbolos tradicionais norte-americanos e ocidentais: religião, bandeira, o kitsch da sociedade moderna... Alguns vídeos têm bastante piada como o Second Cumming (profano no melhor estilo Death Metal) ou o Babyland (Diana visita um cemitério de bebés), outros são enigmáticos (não se percebe bem o que aconteceu no Parking Lot ou no Abortion Rally), e por fim alguns são chatos em que algumas ideias são repetidas - como a sua cadela Daisy a comer dentro de um boneco... Bom, já contei demais para aquilo que há para ver, excepto que falta dizer uma coisa...
Quase a maioria das pessoas tem uma tendência para ver o trabalho de Diana como uma salganhada de escatologia barata e naíf, no entanto se alguém alguma vez leu o Sourball Prodigy talvez encontre algo mais do que isso - nunca ninguém se lembrou de chavões como a "Procura pelo Amor" ou a "Tragédia da Vida"? Alguns vídeos (os narrativos) já tem essa marca sensível de Diana, em que o aspecto amador e desnorte das imagens de subúrbio norte-americano lembra (muito vagamente) o filme Gummo (1997) de Harmony Korine.
A edição em DVD todo DIY tem uma capa fotocopiada a vermelho e é assinada pelo autor. «Adults only» adverte... pois!
O homem veio a Lxxx e deixou-nos coisas... Entre elas a edição em DVD dos vídeos caseiros de Diana e família (irmão e irmã, ao que parece) que durante o seu julgamento de 1991, foram apreendidos e examinados pelo tribunal.
Filmados nos anos 80 mostram um Diana (e irmãos) todo chavalito já a querer fazer merda, vulgo, ofender os valores e símbolos tradicionais norte-americanos e ocidentais: religião, bandeira, o kitsch da sociedade moderna... Alguns vídeos têm bastante piada como o Second Cumming (profano no melhor estilo Death Metal) ou o Babyland (Diana visita um cemitério de bebés), outros são enigmáticos (não se percebe bem o que aconteceu no Parking Lot ou no Abortion Rally), e por fim alguns são chatos em que algumas ideias são repetidas - como a sua cadela Daisy a comer dentro de um boneco... Bom, já contei demais para aquilo que há para ver, excepto que falta dizer uma coisa...
Quase a maioria das pessoas tem uma tendência para ver o trabalho de Diana como uma salganhada de escatologia barata e naíf, no entanto se alguém alguma vez leu o Sourball Prodigy talvez encontre algo mais do que isso - nunca ninguém se lembrou de chavões como a "Procura pelo Amor" ou a "Tragédia da Vida"? Alguns vídeos (os narrativos) já tem essa marca sensível de Diana, em que o aspecto amador e desnorte das imagens de subúrbio norte-americano lembra (muito vagamente) o filme Gummo (1997) de Harmony Korine.
A edição em DVD todo DIY tem uma capa fotocopiada a vermelho e é assinada pelo autor. «Adults only» adverte... pois!
1 comentário:
Nunca achei o trabalho de Diana fora do comun, penso que não foi isso que esteve em causa; apenas a decisão de um juíz filho da puta que o privou da liberdade.
Liberdade de expressão e liberdade de vida em um país que todos os dias abusa desse poder.
Congratulações a todos aqueles que não deixaram passar esse abuso.
Paulo Dionísio Pinheiro de Sousa=Janus
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