Valente mas perdido!
O camarada Martin passou-se! O número 4 do Kovra, zine de BD que ele edita via o selo Ediciones Valientes, engordou e perdeu parte da sua personalidade. É científico e está provado que antologias tem este percurso: começam com uma força inovadora, contactam artistas fora da estrutura inicial, engordam o número de páginas e perdem personalidade. Não que a qualidade piore mas apenas deixam de surpreender nas suas páginas - foi o que aconteceu com a Canicola ou Glömp no passado. Destaque para o trabalho de Carlos Maiques que continua a investigar a abstração na BD com técnicas de "cut'n'paste" - que nos remete para o dice industries ainda à pouco tempo aqui referido. De notar que os nossos associados Ricardo Martins e Rudolfo também participam neste número! Less is more? KISS (keep it simple stupid)?
Por falar em abstracto AA (2012) de Ellen Capriota e Aitor Pacnelle é um zine de experiência gráfica em que se juntaram uma série de "glitches visuais" que se podem ler de todas formas e por todos os lados - o zine é um split mas podems folheá-lo na horizontal ou vertical, de pernas para o ar (segundo uma indicação inicial da capa que nos dirige para uma direcção). Abstracção, erros ampliados digitais ampliados para folhas impressas, é um "artsy-fartsy" para designers e hipsters... Desconfio que os traços desenhados sejam do Martin mas ele recusa-se a abrir o jogo!
Por falar em abstracto AA (2012) de Ellen Capriota e Aitor Pacnelle é um zine de experiência gráfica em que se juntaram uma série de "glitches visuais" que se podem ler de todas formas e por todos os lados - o zine é um split mas podems folheá-lo na horizontal ou vertical, de pernas para o ar (segundo uma indicação inicial da capa que nos dirige para uma direcção). Abstracção, erros ampliados digitais ampliados para folhas impressas, é um "artsy-fartsy" para designers e hipsters... Desconfio que os traços desenhados sejam do Martin mas ele recusa-se a abrir o jogo!
E por falar nele, o Martin (Lam López) é incansável, tanto que ainda publicou mais um volume da colecção TRRRzine intitulado Cantatas (2011). De sua autoria este objecto é um desdobrável alucinado que prova que o Martin é um desenhador impressionante que mistura as suas raízes peruanas, influências "comiqueiras", experiências gráficas e erotismo sem medos. Adapta duas canções com um desenho que se alarga até ao eterno retorno.
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